Fica instituído, por força da Lei Estadual 6.442 de 2025, que a Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) é a ave símbolo do Estado de Mato Grosso do Sul e dá outras providências. A proposição foi de autoria do deputado Junior Mochi (MDB), em reconhecimento “à sua relevância ecológica, cultural e turística para o Estado”.
O parlamentar argumentou na apresentação da presente lei que a ave é nativa do Pantanal e de outras áreas de importância ecológica do estado, como o Cerrado, sendo um indicador da riqueza de nossos ecossistemas.
“Além disso, simboliza o compromisso com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável”, justificou Mochi. A publicação está disponível no Diário Oficial do Estado clicando aqui.
Por conta de seu bico, são alvo do tráfico, onde são exportadas para diversos países e acabam integradas a zoológicos, parques de diversão
A espécie está em extinção: por conta de seu bico, são alvo do tráfico, onde são exportadas para diversos países e acabam integradas a zoológicos, parques de diversão ou até mesmo coleções particulares de aves.
Confira o trecho redigido no DOE-MS:
LEI Nº 6.442, DE 3 DE JULHO DE 2025.
Institui a Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) como ave símbolo do Estado de Mato Grosso do Sul, e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituída a Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) como ave símbolo oficial do
Estado de Mato Grosso do Sul, em reconhecimento à sua relevância ecológica, cultural e turística para o Estado.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
ARARA-AZUL
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) é uma ave da espécie psitacídea e é a maior espécie de araras da família dos psitacídeos.
Também é popularmente conhecida como arara-azul-grande, araraúna, arara-hiacinta, arara-jacinto ou araruna.
É conhecida pela sua plumagem azul vibrante e tamanho grande. Sua plumagem é predominantemente azul, com detalhes em preto e amarelo no bico e olhos.
É nativa da América do Sul, sendo encontrada no Paraguai, Bolívia e Brasil. No Brasil, vive nos biomas Pantanal, Cerrado e Amazônia.
Tem cerca de um metro de comprimento (do topo da cabeça até a ponta da longa cauda pontiaguda) e pode pesar até dois quilos. Vive até 60 anos. Alimentam-se de frutas, sementes e nozes.
Costumam viver em bando, sendo consideradas aves sociais. São animais monogâmicos, pois vivem com um mesmo parceiro durante toda a sua vida
A arara-azul utiliza vocalizações e movimentos corporais para se comunicar. Também são conhecidas por sua inteligência e capacidade de aprendizado.
A espécie está em extinção: por conta de seu bico, são alvo do tráfico, onde são exportadas para diversos países e acabam integradas a zoológicos, parques de diversão ou até mesmo coleções particulares de aves.
Em 2024, a Estância Mimosa, ponto turístico de Bonito (MS), foi palco de nascimento de araras-azuis.
O nascimento dos filhotes foi monitorado em parceria com o Instituto Arara Azul, que há anos desenvolve ações voltadas para a proteção dessa espécie ameaçada de extinção.
ALEMS.
