A diferença de preço do saco de 50 quilos do cimento Itaú entre Corumbá
e Campo Grande, gira em torno de R$ 10,00. Enquanto na Capital, o produto é
vendido a R$ 29,00, na cidade pantaneira, sai por volta de R$ 39,00, apesar de
ser fabricado na Cidade Branca, pela indústria Votorantim Cimentos.
O assunto voltou a ser debatido na sessão de ontem, segunda-feira (08),
da Câmara Municipal, com o vereador Chicão Vianna ocupando a tribuna, quando
questionou a diferença de preço, “já que é fabricado aqui, sai daqui para Campo
Grande, e lá o valor é bem abaixo do praticado no comércio local”.
Chicão lembrou que o assunto foi levantado dias atrás pelo vereador
Nelsinho Dib que indagou a empresa e não obteve resposta conveniente. “Também
tenho sido questionado sobre a diferença dos prelos praticados lá e aqui e, por
isso mesmo, resolvemos, eu e o Nelsinho, organizar uma Audiência Pública nesta
Casa de Leis, para debater a questão e saber quais os motivos que levam o mesmo
produto ser vendido a preços bem abaixo do praticado em Corumbá”, afirmou.
Disse que, a exemplo de Dib , já tentou contato com a direção da
Votorantim, “mas não foi do jeito que era pra ser”. Disse que tem sido cobrado
pela população de uma forma geral.
“Tentamos uma agenda com a empresa, mas o contato não foi muito
simpático. Dessa forma, resolvemos trazer o assunto para esta Casa de Leis, com
a realização de uma Audiência Pública, com participação de todos os vereadores,
da Associação Comercial, de representantes das lojas de material de construção,
do Ministério Público, das pessoas interessadas no assunto, enfim, todos que
estão envolvidos e buscam saber o porquê dessa diferença de preço”, explicou.
Nelsinho afirmou que tem sido procurado de forma constante por pessoas
que estão construindo e até mesmo por proprietários de lojas de materiais de
construção existentes na cidade. Apresentou um requerimento questionando a
diferença e a resposta não foi satisfatória. “Por isso mesmo essa Audiência
Pública será importante para debatermos o tema, e buscarmos uma solução”,
reforçou.
Lembrou ainda que a resposta da direção da Votorantim foi que “enquanto
em Corumbá, 10 mil sacos de cimento são vendidos ao dia, em Campo Grande são
100 mil, e que por isso existe um preço diferenciado. Por isso precisamos
chamar a diretoria da empresa para explicar essa situação”, acrescentou.
TRANSPORTE INTERMUNICIPAL
Também na sessão de ontem, Chicão Vianna voltou a questionar as
autoridades competentes em relação ao “monopólio do transporte intermunicipal
de passageiros”. Lembrou que desde a legislatura passada tem lutado pela
realização de licitação e que mais empresas possam atuar no trecho
Corumbá-Campo Grande-Corumbá, bem como para outras regiões do Estado e fora.
“Nesse período em que estamos na luta pelo fim do monopólio da Andorinha,
já passou pela cidade a Seriema, a Buser, mas todas sofreram perseguições. A
Buser teve que ir para Ladário e, enquanto isso, o preço da passagem de Corumbá
para Campo Grande continua aumentando”, citou.
“A nossa luta continua. Outro dia fui ver uma passagem do executivo que
está quase R$ 200,00. Isso me deixou perplexo e temos que retomar o tema”,
enfatizou.
Chicão informou que manteve contatos com uma empresa, a BeeBus, que está
chegando a Corumbá, para iniciar viagens no trecho, atuando por meio de
aplicativo. “Vai vir ‘porrada’ de novo. Falam que estas empresas são
irregulares. Como pode isso se elas rodam o Brasil todo? A BeeBus tem
autorização nacional pra rodar e se houver perseguição, eu vou entrar de cabeça
mais ainda nesse assunto”, disse taxativo, pedindo apoio dos vereadores
corumbaenses, bem como de parlamentares na Assembleia Legislativa.
Texto/Fonte: Assessoria
de Comunicação do Vereador
