Tocando Agora: ...

Após dias sem comida, só com água e cerveja, resgate é comemorado com churrasco

Publicada em: 22/08/2021 11:42 - Variedades

Pai e filho que contrataram serviço de barco ficaram desaparecidos por dois dias, assim como piloteiro


Foram dois dias perdidos no meio do Rio Paraguai, em pleno Pantanal sul-mato-grossense. Rodeados de animais silvestres e peçonhentos, pai e filho passaram noites em claro e, ao lado de piloteiro de barco alugado, viveram momentos de tensão e muito medo. Sem alimento, foram três garrafas de água, duas latas de cerveja e pescaria que garantiram a sobrevivência do trio.

Foram dois dias perdidos no meio do Rio Paraguai, em pleno Pantanal sul-mato-grossense. Rodeados de animais silvestres e peçonhentos, pai e filho passaram noites em claro e, ao lado de piloteiro de barco alugado, viveram momentos de tensão e muito medo. Sem alimento, foram três garrafas de água, duas latas de cerveja e pescaria que garantiram a sobrevivência do trio.

Resgate – Quase 48 horas depois de perdidos, o barulho de avião usado pelo Corpo de Bombeiros nas buscas reacendeu a esperança. “Nós escutamos o barulho do avião longe, o piloto [do barco] falou que podia ser dos Bombeiros e fomos para o meio do rio. Mas, até a gente conseguir chegar, ele já tinha passado”.

Os três então voltaram para a sombra, na beira do rio. Depois, ao perceberam nova aproximação da aeronave, Ricardo empurrou o barco com pai dentro pelas águas do Rio Paraguai, que com o chapéu conseguiu acenar.

“Meu pai abanou o chapéu, eles viram e viraram em cima. A gente já estava segurando, mas na hora desabamos, porque eu cheguei a pensar que morreríamos ali. As onças ficavam a noite em cima da gente...”, relembra Ricardo, emocionado e com a voz embargada.

Por falar em animais, Ricardo também diz ter sido pego de surpresa por uma das serpentes mais temidas, no Pantanal. “Ainda perdido, eu cheguei a andar pelo local, atrás de uma saída, e me deparei com uma sucuri. Voltei na hora”. De volta à cidade, o resgate foi comemorado com noite em churrascaria ao lado de amigos.

“Muito obrigado” – Passado o susto, o sentimento é de alívio e muita gratidão.

“Eu não vou dizer que isso foi bom, porque eu não desejo nem para o meu pior inimigo, foi um filme de terror. Mas serviu para muita coisa, principalmente, para me fazer pensar e querer melhorar. A gente vive em um mundo que se o celular corta um pouco, você se irrita. Ali eu não tinha nada, estava com o melhor celular, podia comprar coisas, mas nada disso resolvia. Me ajudou a entender que temos que dar mais valor a tudo, aos filhos, a família, aos amigos”, ressalta Ricardo.

Por falar em amigos, dois deles chegaram a se deslocar de Campo Grande para ajudar nas buscas em Corumbá. “Depois que eu soube de tudo o que todo mundo fez para nos encontrar, saber que dois amigos se deslocaram daqui só para ir lá para prestar assistência, que muita gente estava orando, com pensamentos positivos, me fez ter certeza de que são essas coisas que valem a pena. Sou muito grato a todas as pessoas”, finaliza.



21/08/2021

Fonte: campograndenews

Compartilhe: