A ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez, detida desde março, foi transferida nesta quarta-feira (11) para um hospital na cidade de La Paz para exames médicos e voltou à prisão menos de duas horas depois.
De acordo com o documento que autorizou sua saída do Centro Penitenciário Feminino de Miraflores, a ex-presidente foi levada esta tarde ao Hospital Tórax para fazer exames cardiológicos.
“O cardiologista especialista confirma que a presidiária Jeanine Áñez sofre de hipertensão e transtorno misto ansioso e depressivo. Foi feita uma recomendação de medicação e não houve necessidade de internação”, explicou o diretor nacional do Regime Penitenciário, Juan Carlos Limpias.
Uma das advogadas de Áñez, Norka Cuéllar, acrescentou que ela também fez um exame psiquiátrico e de sangue. Todavia, a filha da ex-presidente, Carolina Ribera, garantiu que a família e os advogados não foram informados sobre a transferência.
A medida foi tomada depois que especialistas do Instituto de Pesquisas Forenses (IDIF) determinaram que Áñez precisava de exames devido à hipertensão que sofre.
O diretor do Regime Penitenciário disse que os próximos exames laboratoriais de que a ex-presidente necessita serão realizados dentro da cadeia, a partir desta quinta-feira.
Áñez foi presa em 13 de março, acusada de sedição, terrorismo e conspiração no contexto de um suposto golpe contra o ex-presidente de esquerda Evo Morales em 2019, ao qual outros supostos crimes foram posteriormente acrescentados.
Embora o prazo original de sua prisão preventiva fosse de seis meses, na semana passada foi anunciada sua prorrogação por mais seis meses, segundo as autoridades, para dar o tempo necessário à investigação.